Entrevistamos Pedro Barros em plena etapa do CT em Saquarema, enquanto ele se perguntava: Como eu vim parar aqui? Os melhores surfistas do mundo na água. Uma multidão nas ruas e na areia. Estruturas e equipes monumentais fazendo o show continuar mesmo em day off. Duas casas levando o nome da marca que saiu do seu quintal. E Pedro não entendia como tinha chegado até ali.

A conversa que seguiu com Rapha Tognini e a Carol Bridi durante pouco mais de uma hora de Surf de Mesa não deixou dúvida. O que o campeão mundial de Skate Park, colecionador de medalhas de ouro no X-Games e medalhista olímpico fazia em meio ao maior evento de surf do mundo nada mais era do que o caminho natural de uma relação que nasceu antes mesmo dele existir.

 

Pedro Barros surf - Foto: Raphael Tognini-Flamboiar

Pedro Barros em Itaúna, Saquarema. Foto: Raphael Tognini/Flamboiar

Skate, surf e cultura

Praticamente antes mesmo de andar, Pedro já tinha rodinhas nos pés. Mas a relação com o surf vem de antes mesmo disso. Vem de família. Nascido no Rio Tavares, em Florianópolis, se tornou o melhor skatista da sua geração. Como numa volta de nota máxima, celebrou. Mas se viu com questões pessoais importantes depois de chegar ao primeiro pódio olímpico da história do skate. Afinal, qual é o papel de quem, aos 20 e poucos anos, já conquistou o topo da atividade profissional à qual dedicou sua vida inteira?

Numa conversa de voz tranquila, Pedro dividiu os processos internos pelos quais passou no ano seguinte a Tóquio 2020, quando deu uma pausa nas competições; e como tem se descoberto em um papel relevante para além dos parks e dos bowls. Voltou a competir porque o corpo precisa e a cabeça pediu, mas é na propagação dos significados da cultura do skate e capacidade de transformação de contextos que tem encontrado o verdadeiro sentido de continuar plenamente ativo na cena.

Por aí, você já pode sacar que a resposta sobre o que Pedro Barros estava fazendo ali pode ser mais simples do que ele mesmo era capaz de perceber. Dá o play aqui, e vem ouvir o que ele tem a dizer sobre o skate, o surf e a maturidade de identificar no coletivo suas próximas conquistas.

Além do Spotify, você também pode ouvir o Surf de Mesa nas plataformas Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Spreaker.