Rogério Arenque teve o clássico começo dos bons shapers. Varrendo fábrica de pranchas, fazendo de tudo um pouco, um remendo aqui, outro ali. Até que, de repente, se viu explicando software para muitos dos mais tradicionais nomes do mercado de fabricação de pranchas. Não porque sabia tudo sobre pranchas, mas porque, de repente, quem sabia tudo sobre pranchas precisava agora manusear tecnologia para transferir a uma tela chapada a reprodução 3D daquilo que as mãos sempre fizeram com as plainas.
O advento das máquinas colocou Arenque (o shaper, não o peixe) em rota própria. Não porque ele só sabia sobre tecnologia, mas porque soube ler um mercado em transformação e respeitar o que está na base desse mercado: não só o design a serviço da funcionalidade, mas também os designers que vinham construindo o caminho até ali. Pelo caminho, encontrou na vizinhança aquilo de que mais precisava para evoluir seus testes. A proximidade com Leandro Dora, o Grilo, colocou suas pranchas pra jogo no pé de surfistas de alta performance que fazem parte do time da Aprimore Surf.
Arenque, o shaper (não o peixe) sem ego, segundo ele mesmo diz, conversa com Rapha Tognini e Carol Bridi neste episódio do Surf de Mesa sobre o assunto que nunca se esgota. Desta vez, o papo sobre pranchas passa pela visão e desvendo de alguns de seus principais mitos. Incomodado com a falta de condições ideais (leia-se: investimento) para pesquisa e desenvolvimento na fabricação de pranchas, Arenque mira sua visão crítica sobre as fantasias proporcionadas por um assunto paradoxalmente tão técnico quanto subjetivo: a prancha de surf x a percepção da prancha pelo surfista.
Dá o play aqui e vem falar sobre pranchas com a gente.
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