Não tem jeito… Todo sujeito que surfa, quando tem filho, inevitavelmente se põe a planejar as sessões com o rebento. A ideia é passar esse bem tão precioso quase como uma herança em vida. A intenção é das melhores e geralmente o imaginário leva a idealizar essa relação de surf na parentalidade. Afinal, sendo pai e sendo mãe, há ali diante de si um projeto, uma obra, uma tela em branco toda sua. Certo? Bééé… Errado.

Este episódio do Surf de Mesa surgiu da aflição de um pai surfista sobre sua vontade de dividir os prazeres do surf com o filho. Já por antecipação, ele se questiona sobre os limites que deve ter na abordagem. Afinal, no afã de apresentar uma atividade pela qual é apaixonado, nosso amigo e ouvinte Edu Marini tem medo de errar na dose e causar mais danos do que benefícios. Certamente, não é o único.

A influência, claro, é natural e saudável. Ainda mais quando se trata de uma prática tão integral quando o surf.

Mas não são poucas as histórias de crianças surfistas que perdem o prazer de surfar quando sentem os efeitos do espelhamento de desejos por parte dos seus adultos de referência. Quando o que era para ser divertido vira pressão e opressão, nem pais e nem filhos ganham com isso.

Carol BridiRapha Tognini e Junior Faria tentam organizar esse dilema, partindo dos pontos de vista tanto de pai quanto de filhos. E é importante dizer que, ainda que essa publicação coincida com a proximidade do dia dos pais, a conversa não mira só na figura paterna. Então, sendo pai, sendo mãe ou sendo filho, dá o play aqui pra entender melhor essa relação familiar no surf.

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