“O surfista é o maior marqueteiro que existe na maior praça que existe”. É assim que Pardal Diniz Iozzi resume as questões práticas envolvidas na subsistência do surf como mercado. Como um só episódio jamais seria suficiente para arranhar a beirada de tudo que esse cara tem a dizer, neste Surf de Mesa, Carol Bridi, Rapha Tognini e Junior Faria seguem na companhia do criador do Museu do Surf de Santos (pra citar apenas uma de suas funções).
Para Pardal, o movimento de levante histórico que começou a rolar a partir de 2010 não se deu por acaso. Afinal, seria muita coincidência que um súbito interesse no passado surgisse justamente no momento em que a queda nas vendas de surfwear começava a ameaçar o conceito vigente. De repente, aquele modelo de efervescência baseado em campeonatos fortes que vinha sustentando a abundância financeira dessa indústria mostrava sinais preocupantes. O conceito começava a perder força e o mercado precisava recarregar as baterias. O caminho óbvio foi buscar as raízes, fuçando a história em busca de parâmetros sólidos para voltar a vender.
Uma revista com maior fôlego nas narrativas históricas, programas de TV sobre as décadas de ouro do surf e a retomada da estética retrô nos equipamentos. Tudo isso e muito mais vem rolando desde então na busca pelo resgate de um apelo genuíno. Tem dado certo? Essa é uma dúvida que só a história, aquela que ainda está por vir, será capaz de responder.
Dá o play aqui, que tudo que podemos hoje é registrar nosso tempo em tempo real na esperança de um dia sermos mais uma parte dessa história.
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