Você também tem sentido saudade dos filmes de surf? Neste episódio do Surf de Mesa, o filmmaker Bruno Zanin veio conversar com Rapha Tognini e a Carol Bridi sobre a quantas anda a situação do audiovisual no surf brasileiro. Dos filmes clássicos que moldaram o ideal de gerações e gerações de surfistas aos dias de reels e enquadramento na vertical, como têm sido a vida de quem vive exclusivamente da produção de imagens – um dos principais ativos que move o desejo de milhares de surfistas e mantém a indústria do surf viva e operante ao longo de décadas.

Premiado, reconhecido e extremamente querido no meio, Zanin acumula uma obra de qualidade inquestionável. Como se não bastasse, tem um talento insuperável na curadoria de figurinhas do Whatsapp. Mas nesta conversa, ele divide seu momento de questionamentos pessoais diante da realidade do mercado.

Do papel das marcas ao papel dos surfistas profissionais, do público e dos algoritmos, o entendimento sobre a relevância da produção audiovisual vem passando por transformações há algum tempo. Nessa era em que os ciclos de mudanças se tornam cada vez mais rápidos, talvez o reconhecimento da importância do durável em detrimento ao efêmero já esteja voltando. Resta saber se a valorização virá junto com o reconhecimento. Há a necessidade urgente de produzir para além dos feeds para garantir que o retrato das atuais e novas gerações não se perca em registros tão abundantes quanto descartáveis. Mas enquanto algoritmo ainda é rei, quem está disposto a pagar a conta?

 

 

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