No mês passado Carol Bastides estava indo para a primeira etapa de QS da sua vida.
“Na brincadeira”, ela disse.
Mas parece que Carol não sabe brincar. Saiu de lá com o segundo lugar, deixando pelo caminho veteranas como a multicampeã Silvana Lima e habitués do pódio como Laura Raupp, atual campeã sul-americana do QS. O resultado surpreendeu não só quem viu, mas ela própria, que admite a competitividade como um traço inerente à sua personalidade.
Aos 13 anos, além do vice em sua estreia no QS, Carol é quatro vezes campeã brasileira e oito vezes campeã paulista nas categorias de base e faz parte da atual seleção brasileira do ISA Junior, circuito mundial amador realizado pela International Surfing Association. Um belo início de carreira para quem só resolveu aprender a surfar para não ficar atrás em relação à irmã mais velha que, diga-se de passagem, manda bem demais nos esportes, mas se diverte mesmo longe de qualquer competição.
Nova geração do surf feminino
Destaque da nova geração do surf brasileiro, Carol tem um surf forte e vê na consolidação das manobras aéreas o próximo passo na evolução do surf feminino.
O power surf e a vocação de Carol para competir chamaram atenção do medalhista olímpico e campeão mundial Italo Ferreira, a quem ela chama de padrinho no surf devido ao suporte que recebe do ídolo a sua carreira desde os 9 anos de idade.
A surfista está no REMA Saquarema Surf Festival, onde compete o QS 6000 e o Pro Junior. Carol Bridi e Rapha Tognini conversaram com ela no segundo episódio da semana especial do Surf de Mesa. Em sua segunda participação no QS, a ideia é continuar levando o circuito classificatório da WSL de forma leve, sem pressão. O objetivo é ganhar experiência, mas é inevitável que depois de impressionar na estreia, agora sem o fator surpresa a seu favor, todos estejam de olho nela.
Quer conhecer melhor a Carol? Dá o play aqui para ouvir a conversa que só não foi mais divertida porque não tinha chocolate na mesa.
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