Este episódio do Surf de Mesa encontra o ponto de intersecção entre os atuais contextos nacional e internacional do surf competição a partir dos dois principais fatos dos noticiários surfísticos da última semana. Estamos falando do levante dos surfistas brasileiros contra a atual gestão da Confederação Brasileira de Surf (CBS) e da saída de John John Florence da Hurley, deixando para trás o maior salário da história do surf profissional.
Se você acompanhou afoito o toma lá dá cá de recados via redes sociais que se iniciou a partir do vídeo de Raoni Monteiro contra a mudança nos critérios de classificação para o circuito brasileiro de 2020, com direito a provocação por posicionamento público dos tops do CT, sabe que o movimento resultou na petição virtual pela queda da diretoria da CBS, presidida por Adalvo Argolo. Até a manhã desta quinta-feira, 30/01, o documento chegava próximo da marca de duas mil assinaturas.
A situação
Que os motivos para rejeição se acumulam ao longo de quase dez anos, não era novidade nos bastidores do surf. Assim como é inquestionável a legitimidade das questões que finalmente vieram à tona. Mas pouco se sabe sobre possibilidades de rumo a partir de uma eventual mudança de gestão para retomar um cenário mais favorável à competição nacional. Apenas voltar aos critérios de classificação anteriores pouco resolveria. Assim como baixar ou isentar a taxa de inscrição não solucionaria toda a necessidade de investimento em base. Mas a implosão do cenário interno poderia reacender esperanças de transformar em realidade coletiva aquela história de que o surf brasileiro vive seu melhor momento.
Se você chegou há pouco e não sabe por que raios um circuito nacional é tão relevante quando se tem tanto sucesso dos surfistas brasileiros no circuito mundial, entenda que toda a geração Brazilian Storm foi forjada na época de maior prestígio dos circuitos nacionais amador e profissional. Pense que sem isso não há de onde sair novos talentos para sustentar a presença brasileira no surf internacional quando esta geração pendurar a lycra.
Mas o que o John John, lá longe das mazelas brasileiras, pode ter a ver com isso?
É o que você descobre dando play no 48º episódio do podcast mais surfesteiro desta rede mundial de computadores.
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