No terceiro episódio do podcast, eu me jogo em um longo drop com a big rider Raquel Heckert para saber tudo sobre o surf em ondas grandes. Um lugar no surf onde tudo é ainda mais restrito às mulheres. Talvez por isso mesmo, exatamente de onde saiu uma das primeiras ações concretas pela igualdade de oportunidades no surf. Depois que um grupo de big riders tomou a frente pelo direito de competir em Mavericks, a iniciativa deu origem ao CEWS (Committee for Equity in Women’s Surfing), que teve importantes conquistas e hoje se denomina Surf Equity, com abrangência mais geral pela diversidade no surf.

A Raquel é de Niterói, hoje vive a maior parte do tempo no Hawaii e costuma passar dois a três meses por ano no Brasil. Tivemos essa conversa em 2019, durante o período em que ela esteve por aqui, e acabei descobrindo algo que não esperava. É a curiosidade, e não necessariamente a coragem, o principal combustível que a move no surf. Assim vai, ultrapassando limites na tentativa de descobrir até onde pode ir. Testando a si mesma, chegou a finalista em 2018 na categoria Melhor Performance do Big Wave Tour. E, ao que tudo parece, está muito longe de se limitar.

A edição 2020 do Big Wave Awards, aliás, está rolando no site da WSL e pode ser acompanhado por quem quiser se inspirar com as imagens impressionantes do surf em condições extremas.

Eu tenho pra mim que quem surfa essas ondas é, no mínimo, descompensado pro lado da calma. Uma calma maior do que o ser humano médio. Se você prestar atenção na similaridade de características na maneira de falar da Raquel e do big rider Carlos Burle, também vai se convencer disso. É fácil encontrar a semelhança no tom e ritmo de fala. Até quando se indigna com o preconceito e as diferenças de gênero, está lá a Raquel serena. E é com esse tom leve que ela conta pra gente como manter a elegância até nas maiores encrencas. Ouve aqui:

Finalista do Big Wave Awards

Desde que começou a pegar ondas grandes, ser indicada pela WSL ao prêmio de melhor performance era um sonho. Em 2018 se dedicou a mandar todas as suas ondas. Foi para Puerto Escondido, no México, onde conseguiu o 4º lugar em um campeonato com uma das maiores ondas já surfadas na remada por uma menina no pico. Foi uma indicação forte. Depois competiu em Jaws, também no Oregon, surfou um swell perfeito em Mavericks, e algumas ondas em Waimea. Como a categoria premia a performance geral do ano, o esforço foi fazer o máximo possível com a condição disponível. Mesmo com algumas lesões, ficou entre as finalistas de melhor performance do ano em ondas grandes.

 

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O começo de tudo

Algo que nem imaginava quando, aos 12 anos, em um final de tarde observando surfistas na Região dos Lagos, não parava de disparar perguntas para o pai, que, apesar de gostar muito do mar, nada sabia sobre o surf. Foi naquele dia que Raquel perguntou se poderia ter uma prancha de surf no dia das crianças. “A curiosidade bateu de uma forma que nunca tinha acontecido.” Parecendo ver o surf pela primeira vez,  queria saber como o pé ficava grudado na prancha e como os surfistas conseguiam fazer manobras sem cair.

Duas semanas depois disso, o pai chegou com uma surpresa. E foi uma prancha bem usada, cheia de buracos, que fez toda a diferença. “Ele poderia ter esquecido, deixado pra lá, e eu ter seguido com outra coisa.” Foi aprender em uma escolinha de surf e nunca mais parou. Dois anos depois, quando começou a ir para Itacoatiara, passou a ser inspirada pelos mares maiores.

Ondas grandes

Entre os 14 e 15 anos já estava em busca de ultrapassar limites e observar as pessoas. Não tinha prancha boa e ninguém para dizer o que errava ou fazia certo.

Era só uma menina ali tentando sobreviver em Itacoatiara dentro d´água”, lembra.

E a curiosidade voltou. Queria saber como passava a arrebentação, como tomava uma bomba na cabeça e não morria, como sobrevivia. Então, na areia interrogava os meninos que via pegando as maiores do dia. “Eles nem me conheciam, mas eu parava e perguntava tudo. Queria saber como tudo funcionava e ultrapassar meus limites a cada dia no mar. Tinha sempre isso de colocar uma meta na cabeça quando entrava na água. Agora só vou passar a arrebentação, agora vou chegar lá e voltar viva”, conta.

Perguntava o estava fazendo errado, prestava atenção nos outros, mas não via vídeos de surf porque achava um saco ficar assistindo. Só queria ir direto para o surf. Gostava muito do momento do drop, e tinha sempre na cabeça que queria drops maiores, mais longos e mais difíceis. Não se preocupava com manobra, e não tinha ninguém que colocasse esse tipo de pressão. O que queria mesmo era encarar mares maiores.

 

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Presente de 15 anos

Quando fez 15 anos, não queria festa de princesa. Só queria surfar, então ganhou do avô uma passagem para Fernando de Noronha. Lá viu geral pegando altas ondas na Cacimba do Padre, mas se mantinha no inside, no rabo da marola que sobrava da onda que quebrava forte lá atrás. Ver tudo aquilo foi suficiente para entender que queria viajar para surfar tubos. Com 18 para 19 anos, juntou dinheiro e conseguiu uma passagem para o México.

Seguiu dois bodyboarders da sua praia e, quando chegou em Puerto Escondido, deu de cara com um dos maiores mares que já tinha visto na  vida. Foi aí que tudo mudou definitivamente. A curiosidade agora era saber como pegar tubos ainda maiores do que os que via em Itacoatiara. Foi naquela viagem que decidiu. Ser tube rider e big rider era tudo queria fazer na vida. Entrava, tomava as ondas na cabeça, quebrava prancha e voltava sempre contando história.

A pior situação

Raquel já sentiu medo da pele tremer, mas nunca teve um acidente que considera realmente sério. Um dos dias mais chocantes foi em Jaws, recentemente, num dos maiores mares em que já remou. E, ironia do destino, só se machucou mesmo em mar pequeno. Certa vez em Nias tomou uma pranchada na bochecha embaixo d´água. Num crowd de surfista profissional, incentivada pela galera, acabou pegando uma onda que já estava passando. Deu duas remadas, desceu dentro do tubo, mas não completou drop, rodou e sentiu a prancha acertar em cheio o rosto. Foi a pior vaca que sofreu. Ficou tonta, sentiu o dente sensível e tomou mais três tubos na cabeça. Sem médico e no meio do nada, ficou três dias com sangramento no nariz e só esperava acordar no dia seguinte.

 

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Estar preparada

Chama atenção na história da Raquel o fato de coisas extraordinárias parecerem muito naturais. Ela começou a encarar bombas sem um preparo específico. Só surfava direto e sempre fez muito esporte. Quando era mais nova, tinha o futebol, o jiu jitsu, o skate. Ela sentia que estando com o físico bom e respirando bem, tinha condições de encarar os desafios. Hoje, reconhece a necessidade de um bom trabalho físico mais específico, pensando no cardio e na respiração dentro d´água. Ainda assim, entende que o segredo maior está no controle psicológico.

“A gente cria muito medo às vezes sem perceber. A gente que impõe os limites. Às vezes nem tem tanto mistério. Em um treino você fica três minutos embaixo d´água. Em uma onda gigante em Jaws, às vezes fica 20 segundo, mas parece uma eternidade. Então é o cérebro que precisa estar tranquilo, não mandando muito estresse para o corpo”, afirma. Manter a mente sob controle para não deixar a adrenalina consumir a energia naquele momento é um processo que envolve diversos fatores. Saber que está com a musculatura e a apneia em dia são alguns dos fatores mecânicos que contribuem para também manter a capacidade de controle mental.

Enquanto está na onda

Se você, assim como eu, fica se perguntando o que se passa na cabeça de alguém que está esperando uma onda enorme, ou quando está no meio da descida, Raquel explica com a tópica serenidade: “depende muito da situação”. Tem mar que está grande, mas ela já está acostumada com aquele determinada situação. Nesse caso, fica pensando em posicionamento, quem pode estar na frente, enfim, busca prever o que pode acontecer para planejar reações.

“Você pensa muita coisa ao mesmo tempo, na verdade. Sua mente está totalmente em modo sobrevivência e também com um planejamento estratégico muito rápido. Onde você vai sentar, se vai ter essa pessoa passando na sua frente, por qual ângulo você vai colocar a prancha, a remada, o que você vai fazer quando descer a onda, pra onde você vai, e caso aconteça alguma coisa o que vai fazer com a prancha, ou até se pergunta se a veste está em dia. Então, eu tento focar no meu drop e fazer a onda da melhor forma possível”, diz. Isso em condições reconhecíveis.

Surfista Raquel Heckert posa com prancha na mão em foto pb

Foto: Titus Haug

Uma ajudinha divina

Não acontece sempre assim. No campeonato em Puerto Escondido, por exemplo, Raquel resolveu rezar desde o início da remada.  “(O mar) estava grande, umas correntezas sinistras. Eu não sabia como a onda ia se transformar porque Puerto é um beach break muito grande. Essa onda, por exemplo, eu falei: ´Ah, Deus, comecei a remar, me ajuda´. Comecei a remar com força contra a correnteza, uma bomba. Aí quando eu comecei a descer, eu disse: ´já to dropando, agora me ajuda a descer´. Chegando na base, eu pensei: ´que droga, vai fechar. Vai fechar em cima de mim, o que eu faço? Vou pular´. Pulei, o lip já caiu quebrando comigo, já senti minha coluna estralando de baixo até em cima. Eu falei: ´caraca, que que é isso, Deus? Isso aqui é tranquilo, tá tudo bem comigo?´”, lembra, agora rindo.

Alcançou o jet ski, voltou ao lineup e já tinha que pegar outra, afinal, a bateria continuava rolando. Decidiu esperar um pouquinho para entender se estava tudo certo, e acabou não tendo nenhuma lesão ou dor depois do episódio. Dois dias mais tarde, foi surfar uma marola perfeita em Barra de la Cruz. Uma criança não furou a onda direito e largou a prancha. Raquel levou uma pranchada na testa e se cortou em um mar de meio metro. “Então a gente nunca sabe, né. A gente pensa o melhor. Na hora que tá descendo a onda mesmo, na performance, é fé que vai fazer o drop e vai nessa”, resume.

Momentos de tensão

Se há diversão nestes momentos de tensão? Dá para responder com outra pergunta: O que seria de toda conquista se não fosse o desafio? “Tem aquele momento tenso, em que você tá no lineup, mas quando você pega a onda, faz a onda inteira, nossa! Você volta sorrindo pro pico. Caraca, irado, maior dropão, desviei de não sei quem, consegui”, descreve. É a adrenalina e a felicidade do feito conquistado que faz toda a tensão valer a pena.

Você vê que você pode, que você consegue, que pode ultrapassar aquele limite de medo. Às vezes uma onda transforma o dia todo da pessoa. Tem sua recompensa no meio da loucura.”

Raquel gosta de todos os tipos de ondas, mas entende que acabe se destacando mais pelas grandes porque tem poucas meninas nessa área, e ela gosta muito mesmo das ondas maiores. Mas jura que, se pudesse, estaria todo dia dentro da água, independente do tamanho do mar. Não tem um coach que possa auxiliar, mas reconhece que gostaria de se aperfeiçoar no surf de ondas menores até para, quem sabe, correr algumas etapas do QS. “Seria irado, porque eu gosto de tudo que envolve o surf. Longboard, pranchinha, gosto de me divertir na água. Falta um pouco de estrutura, ou patrocínio pra poder contratar um time de pessoas que possam ajudar. Mas eu me divirto em todas as situações”, conta.

 

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Mulheres em ondas grandes

Em uma contagem extra oficial, depois do campeonato Red Bull Queen of the Bay, chegou-se à conclusão que no mundo todo existem no máximo 30 mulheres que pegam ondas maiores. 

No início, eram 17 inscritas, e de repente meninas de vários lugares do mundo se inscreveram para participar, mesmo meninas que não surfam com prancha grande, mas que já faziam town in ou que tiveram algum contato com onda grande. Adeptas da prática de forma mais consistente, talvez existam em torno de 15. “Algumas param um tempo, depois voltam. Na real, não tem tanta visibilidade para o surf feminino de onda grande. É uma coisa que poucas fazem, e as poucas que fazem gostariam de ter mais apoio pra fazer melhor”, diz. 

Reflexo da falta de incentivo, já que surfar, por si só, já é uma quebra de barreira quando se tem em mente que até pouco tempo atrás o decreto-lei nº 3199, de 1941, proibia mulheres de praticarem esportes considerados “violentos à natureza feminina”, sob alegação de que podiam causar infertilidade e danificar o equilíbrio psicológico da mulher. E ainda sugeria que esta era uma forma das mulheres se exibirem.

 

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As conquistas

Se o surf moderno é relativamente novo, a intenção de normalização da presença das mulheres no surf é ainda mais recente, e nas ondas grandes, então, uma barreira ainda mais espessa a se transpor. Por isso, é simbólico que a iniciativa pela igualdade no esporte tenha surgido de um grupo formado pelas big riders.

“É como você mandar um homem e uma mulher pra guerra sob o risco de serem igualmente fuzilados, e não pagar a mesma coisa aos dois”, defende Raquel, comparando a situação de risco iminente ao surf em ondas extremas. “Se você vai tomar onda de 50, 60 pés na cabeça, não importa se você é homem ou mulher, é prender o ar e estar tranquilo ali, preparado. Em relação ao surf, outras coisas importam que não a força. É o preparo, a habilidade física, respiratória. São outras coisas que somam”, explica. Para ela, que é membro do CEWS desde 2019, é incrível ver essa mudança influenciado positivamente também uma melhoria do esporte feminino como um todo.

Por livre e espontânea pressão

Mas, vale lembrar que nada aconteceu sem pressão.

A gente sempre teve essa raivinha dentro da gente. Nunca passou despercebido. Eu sempre vi os meninos ganhando passagem pra Indonésia e a gente ganhando uma saia que nem cabia na nossa cintura. Que palhaçada é essa? Isso nunca foi normal.”

Raquel já ganhou campeonato local em que o prêmio masculino era uma gunzeira, enquanto o feminino era um john. “Eu quero a prancha também. Mas claro que tem coisas que precisam ser refeitas, repensadas. As pessoas acabam achando que só porque é mulher, tá ok ela não ganhar a mesma coisa”, diz. Mesmo vendo as coisas mudando, com os prêmios equiparados pela WSL, por exemplo, Raquel lembra que foi um choque para muitos, e que há continuidade do esforço por conquistas que deveriam ser o modo natural das coisas. 

Uma vez conquistada a igualdade no esporte, ela não acredita que seja possível voltar atrás. Mas lembra que há muito preconceito no dia a dia, dentro da água. “Até a pessoa não te enxergar dropando bem ou fazendo uma manobra, não respeita mesmo a mulher. Rema junto, rabeia, te tira que você não surfa só por ser menina. Não te vê como alguém que deve estar do lado. Claro que tem gente e gente. Nem todos os homens são machistas demais, são grossos demais. Tem gente maneira também”. 

 

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Hawaii

Raquel chegou ao Hawaii pela primeira vez aos 21 anos. A passagem foi comprada quando teve ganho de causa sobre uma companhia aérea que havia extraviado suas pranchas durante uma semana, impedindo que seguisse com os planos feitos. Uma amiga advogada entrou com a ação, e a indenização foi o valor exato de uma passagem para o Hawaii. Raquel não teve dúvidas. Chegou lá sem conhecer ninguém, exceto uma menina da Guatemala que conheceu no México quando as duas estavam em busca de surfar ondas grandes. Já no primeiro dia, trabalhou em plantação de alface e tomate, e assim foi se virando.

Começou a frequentar uma igreja americana, até para praticar o idioma, ouvindo tudo em inglês. Fez amizade. Então, surfava e depois ia lá bater papo. Um tempo depois, passou a ter apoio da igreja na carreira de surfista.

Passou a morar em uma das casas destinadas a quem servia na igreja. No início, trabalhava quatro horas por dia e tinha outros trabalhos por fora para se manter. Na temporada seguinte, o apoio aumentou e ela passou a ajudar somente nos dias de maior demanda. Conforme eles conheciam sua dedicação pelo surf, iam apoiando cada vez mais. Foi lá também que conheceu seu melhor amigo e amor, com quem casou no final de 2019. Raquel sequer imaginava que ia morar no Hawaii, mas agora passa lá a maior parte do ano. O resto do tempo, se desloca entre Brasil, México e Indonésia sempre que dá.

A diferença que faz um patrocínio

Um patrocínio faria toda diferença. Planejamento anual, viagens, quiver, equipamentos, estrutura, preparação física, psicológica. Tudo isso faz muita diferença na performance. Até agora, Raquel foi se virando com um pouco de dinheiro que tirou em prêmios de campeonatos, com o apoio da igreja, do avô e de amigos, como quando a banda Atitude 67 pagou pela veste inflável, que custava R$ 5 mil. “Eu não tinha. Entrava em mar gigante e eu era a única sem a veste entre 40 cabeças dentro d´água”, exemplifica. São muitos os detalhes que fazem a diferença na hora de assumir riscos. Com certeza, ela poderia estar em um nível mais avançado de performance. Até agora, tudo que Raquel fez foi efeito natural de quem é. “Faço isso porque é minha vida mesmo. E espero que cada um mande ver no seu sonho, por mais louco que seja”.

 

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Espiritualidade

Por ter começado a viajar sozinha tão cedo, Raquel foi intensificando sua relação com a religião e sua própria espiritualidade. “Tenho relacionamento mesmo de orar, de ler a bíblia, de conversar todos os dias com Deus. Isso me dá uma segurança maior. Eu ultrapasso meus limites com a ajuda dessa fé em Deus. Consigo ser muito mais positiva e dedicada sabendo que tem alguém que está cuidando sempre de mim, que está sempre comigo, e que as coisas vão dar certo no final. Dei muito passo de fé que não teria sido dado. Muita aventura doida”, resume.

Futuro

Teve também um apoio fundamental da família e, principalmente, dos avôs. O avô paterno também sempre ajudou financeiramente para ver Raquel realizando o que a deixa feliz. Ela planeja continuar seguindo atrás do que quer, vivendo sua vida profissional como freesurfer. Ainda que deseje ter o título de campeã mundial no surf de ondas grandes, tem a  alma do freesurf, de pegar onda grande sem a pressão dos 40 minutos de bateria.

“Onda grande é uma coisa que exige estar conectado com o mar. Tem dias que, mesmo ficando o dia todo no mar, os melhores do mundo pegam uma onda. Tem gente que nem pega. É uma coisa que precisa de mais conexão, esperar seu momento. Mas como estou acompanhando o crescimento do esporte também, tendo a oportunidade e sentindo que eu quero ir, eu vou”, diz. 

 

 

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