Há quem ache que isso não passa de cosmética, mas se hoje desfilam pelas praias pranchas das mais variadas cores e decorações, é porque muita história rolou desde os primórdios do surf.
Lá no começo, os havaianos não decoravam suas canoas e pranchas. No máximo o nome do dono ou uma pequena arte na madeira que ocupava a área do bico. Isso era um sinal de respeito ao mar e seus perigos, segundo o que conta Ben Marcus, ex-editor da Surfer Magazine, em seu livro sobre a história das pranchas de surf. Mal sabiam eles que, ironicamente, séculos depois as pranchas virariam verdadeiros outdoors.
A tradição permaneceu até o início da produção de pranchas em massa, quando começaram a surgir alguns logos de fabricantes. Mas foi só alguns anos depois da Segunda Guerra Mundial que isso começou a mudar definitivamente. A ideia de decorar pranchas com adesivos surgiu em 1952, quando o shaper Dale Velzy se inspirou na onda de customização dos carros hot rods. Numa sacada comercial, ele criou decalques que podiam ser aplicados com água nas pranchas.
Desde então a arte da escultura se fundiu à arte da pintura, traduzindo o espírito do tempo na estética das pranchas de surf. E é sobre essa relação artística que temos com o equipamento que Carol Bridi, Rapha Tognini e Junior Faria conversam neste episódio do Surf de Mesa. É só dar o play aqui pra se inspirar…
Além do Spotify, você também pode ouvir o Surf de Mesa nas plataformas Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Spreaker.