Já estamos em contagem regressiva para as Olimpíadas de Paris. A segunda da história do surf, que chegou com Ítalo Ferreira escrevendo seu nome na eternidade ao colocar o Brasil no topo do primeiro pódio. Passamos da estreia, mas este ano tem potencial de catapultar a modalidade ao levar a disputa para os clássicos tubos de Teahupoo, no Tahiti, onde serão disputadas as provas olímpicas de 27 a 31 de julho de 2024. E Claudinha Gonçalves será a voz feminina comentando o surf olímpico disputado pela primeira vez em ondas de consequência.
Claudinha tem uma longa carreira de surfista e apresentadora que dispensa apresentações. Mas é na sua empreitada como jornalista e comentarista que miramos este episódio do Surf de Mesa. Pelo menos no início, já que é impossível dissociar a profissional de comunicação especializada em surf da surfista em si. Claudinha bem poderia entrar em cena nas transmissões ao vivo do sportv comentando somente com base na experiência empírica, aquela que adquiriu ao conhecer e surfar os lugares. Mas prefere se preparar. Desse processo faz parte escrever, elaborar. Ela conta tudo aqui, onde fala ainda da infância, da carreira no surf profissional e do surf feminino.
Surfar Teahupoo, comentar Teahupoo
A realidade é que depois de fazer muita história, incluindo encontrar no conteúdo (muito antes das redes sociais) sua forma de viver do surf quando as competições femininas desapareceram, Claudinha agora talvez pudesse deitar em berço esplêndido. Mas está mais motivada do que nunca. Da revista Ehlas aos programas no Canal Off até assumir de vez a skin mais adulta da jornalista e comentarista se passaram anos de amadurecimento e reconhecimento pessoal.
Recentemente viajou para o Tahiti para surfar Teahupoo, uma das poucas ondas que nunca tinha surfado. No timing perfeito, lá viveu experiências que vão muito além da onda, e em menos de 10 dias estará ao vivo na TV falando dela – a onda – com toda a propriedade que lhe é atribuída.
Claudinha parece estar no seu melhor momento, se sente bem com isso e quer crescer ainda mais. É raro e bonito ver uma mulher que não se culpa por isso.
Quanto mais exemplos tivermos, mais naturalizamos essa ideia. E aqui temos uma bela oportunidade para isso. Então dá o play aqui:
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