A notícia sobre o interesse da Netflix na compra de ligas esportivas, entre elas a WSL (World Suf League), atiçou o papo sobre os rumos do surf competição. Provocados pelo ouvinte Vitor Barboza, e embalados pela conversa que começou no grupo dos ouvintes do Surf de Mesa, Carol Bridi, Rapha Tognini e Junior Faria pararam pra pensar no que o circuito mundial representa para todos nós, reles mortais surfistas civis.
Lá no grupo, entre pontos de vista e termos ora mais, ora menos inflamados, prevaleceu a opinião de que o Tour hoje é essencialmente entretenimento. E se a voz do povo é a voz de Deus, concordamos.
Mas sem deixar de questionar:
Onde exatamente estaria o problema disso?
A história esportiva, afinal, se deu a partir da necessidade do ser humano compreender do que o corpo é capaz quando puxado ao limite. Foi esse misto de fascínio e curiosidade que reuniu pessoas para, de forma organizada e a partir de critérios, definirem o de performance mais impressionante. Se assistir a essa descoberta e torcer pelo feito é a pedra fundamental da competição, onde está o problema em assumir que o surf competição é hoje, assim como sempre foi, um belo entretenimento? “Motivo para reunir os amigos e fazer churrasco”, diria o ouvinte. “Circo”, diria outro. Com direito ao prazer bonachão e à provocação dos sentidos mais ingênuos e primitivos, como só um bom circo é capaz.
Se na competição, entreter é justamente o motivo de sua existência, de repente, assumir isso sem medo nos deixa mais próximos da essência do que jamais estivemos.
Quer entender como? Dá o play aqui e vem se entreter com a gente.
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