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Texto: Jesse Mendes | Fotos: Henrique Pinguim

Eu estou sentado no sofá, largado, num lindo dia de Hawaii. Mais um inverno. Estamos em fevereiro, dia 8. Day off, estamos esperando um swell entrar. Amanhã deve ter uma chamada. Deve rolar no período da tarde, porque o swell não está lá essas coisas. Eu estou falando isso porque agora faço parte do broadcast. É um momento de transição na minha vida. Surfando, fazendo os comentários da WSL e viajando com a minha esposa, a Tati (Weston-Webb), que está competindo no evento.

Filipe Toledo, Miguel e Samuel Pupo.
Bruno Zanin segurando comida e durante gravação de filme no Hawaii

No final do ano passado eu anunciei que não ia mais competir, não ia mais fazer parte do time da Itália na busca pela qualificação para as Olimpíadas.

Um dos motivos foi falta de instigação, estímulo para me comprometer com o que leva a ser um atleta profissional. Competidor, e não freesurfer.

Miguel e Samuel Pupo montando quebra-cabeça durante etapa do CT no Hawaii

Tive essa oportunidade com a WSL, de fazer a transmissão de algumas etapas do circuito mundial no ano passado, e eles gostaram bastante. Tiveram um feedback positivo de vários surfistas e me chamaram para fazer quatro eventos esse ano: a perna havaiana, Portugal e Brasil. É uma coisa que eu já fazia em casa com meus amigos, a única diferença é que agora eu tenho que levar mais a sério e prestar mais atenção. Mas acho que fazer isso é muito natural para um surfista que cresceu competindo.

A rotina é diferente da que eu tinha como atleta, principalmente pelos horários. Normalmente chego uma hora antes das chamadas. Aí tem uma reunião, a galera faz um ensaio algumas vezes, normalmente quando é o primeiro dia, para fazer o Morning Show, ver o que vai falar e tal. No final das contas, você é o primeiro a chegar e o último a sair. É completamente diferente da rotina que eu tinha como surfista, quando eu chegava uma hora antes da bateria, depois assistia uma bateria ou outra e ia embora.

Eu realmente nunca imaginei que estaria vivendo isso, sendo comentarista. Ou meio a meio. Acho que uma coisa complementa a outra e fica mais fácil de fazer tudo. Viajar e viver o surf ainda. Agora vou para Portugal filmar antes do começo da etapa e estou de olho em uma surf trip para Noruega. Uma strike mission se der algum swell.

Agora vou levantar do sofá, tomar um cafézinho. North Shore está lindo depois dessas ondulações, cheio de banco de areia para cima e para baixo. Todos os lugares que normalmente são pedra e reef, e não têm uma condição muito boa, estão incríveis. Tem um banco de areia incrível para o lado esquerdo de Off the Wall. Tem outro na frente da casa que o Filipinho (Toledo) está ficando em Pupukea. Então vai ser algum desses picos que eu vou escolher. Tem onda para tudo quanto é lado. Está pequeno, mas está perfeito. Vai ser um belo dia de praia.

Publicado originalmente na edição impressa nº 01 da Revista Flamboiar. Para saber mais, clique aqui

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Texto: Jesse Mendes | Fotos: Henrique Pinguim

Eu estou sentado no sofá, largado, num lindo dia de Hawaii. Mais um inverno. Estamos em fevereiro, dia 8. Day off, estamos esperando um swell entrar. Amanhã deve ter uma chamada. Deve rolar no período da tarde, porque o swell não está lá essas coisas. Eu estou falando isso porque agora faço parte do broadcast. É um momento de transição na minha vida. Surfando, fazendo os comentários da WSL e viajando com a minha esposa, a Tati (Weston-Webb), que está competindo no evento.

No final do ano passado eu anunciei que não ia mais competir, não ia mais fazer parte do time da Itália na busca pela qualificação para as Olimpíadas.

Um dos motivos foi falta de instigação, estímulo para me comprometer com o que leva a ser um atleta profissional. Competidor, e não freesurfer.o combustível que eu precisava.

Tive essa oportunidade com a WSL, de fazer a transmissão de algumas etapas do circuito mundial no ano passado, e eles gostaram bastante. Tiveram um feedback positivo de vários surfistas e me chamaram para fazer quatro eventos esse ano: a perna havaiana, Portugal e Brasil. É uma coisa que eu já fazia em casa com meus amigos, a única diferença é que agora eu tenho que levar mais a sério e prestar mais atenção. Mas acho que fazer isso é muito natural para um surfista que cresceu competindo.

A rotina é diferente da que eu tinha como atleta, principalmente pelos horários. Normalmente chego uma hora antes das chamadas. Aí tem uma reunião, a galera faz um ensaio algumas vezes, normalmente quando é o primeiro dia, para fazer o Morning Show, ver o que vai falar e tal. No final das contas, você é o primeiro a chegar e o último a sair. É completamente diferente da rotina que eu tinha como surfista, quando eu chegava uma hora antes da bateria, depois assistia uma bateria ou outra e ia embora.

Miguel e Samuel Pupo montando quebra-cabeça durante etapa do CT no Hawaii

Eu realmente nunca imaginei que estaria vivendo isso, sendo comentarista. Ou meio a meio. Acho que uma coisa complementa a outra e fica mais fácil de fazer tudo. Viajar e viver o surf ainda. Agora vou para Portugal filmar antes do começo da etapa e estou de olho em uma surf trip para Noruega. Uma strike mission se der algum swell.

Agora vou levantar do sofá, tomar um cafézinho. North Shore está lindo depois dessas ondulações, cheio de banco de areia para cima e para baixo. Todos os lugares que normalmente são pedra e reef, e não têm uma condição muito boa, estão incríveis. Tem um banco de areia incrível para o lado esquerdo de Off the Wall. Tem outro na frente da casa que o Filipinho (Toledo) está ficando em Pupukea. Então vai ser algum desses picos que eu vou escolher. Tem onda para tudo quanto é lado. Está pequeno, mas está perfeito. Vai ser um belo dia de praia.

Publicado originalmente na edição impressa nº 01 da revista Flamboiar. Para saber mais, clique aqui.