Na semana passada o Surfline soltou informações sobre um novo serviço de câmera ao vivo que mapeia dados muito mais precisos sobre condições e situação em cada pico de surf. Imagine que você terá acesso a quantas pessoas estão na água, quantas ondas estão sendo surfadas, qual nível de surf tem sido praticado naquelas ondas, quantos tubos ou aéreos, onde as pessoas estão se sentando no lineup e como as pessoas estão sendo puxadas pela correnteza, entre outros dados técnicos e comportamentais.
O serviço ainda não está disponível, mas deve ser novidade na plataforma em pouco tempo. Como não poderia deixar de ser, Junior Faria, Carolina Bridi e Raphael Tognini trouxeram pra mesa um debate sobre as influências que o machine learning aplicado ao surf podem provocar nos rumos do comportamento surfístico.
Uma quantidade enorme de dados a serviço do surf é assustador ou revolucionário?
Seria este um potencial marco de ruptura na forma como nos relacionamos com o surf?
A extrema exatidão pode acabar com o lado espontâneo e a surpresa do surf cotidiano?
É possível ao surfista comum assimilar tanta informação e utilizá-la em toda sua extensão ou trata-se apenas de captação de dados para uso mercadológico travestida de serviço ao usuário?
Supondo que seja você o produto, isso fere sua liberdade e escolhas como surfista?
Seria um ganho para o surf como esporte, mas uma alavanca para o empobrecimento cultural do surf como atividade recreativa e de tribo?
São muitas as questões que pairaram nesse episódio, mas todas elas talvez tenham como origem uma única preocupação: O romantismo no surf corre risco de entrar em extinção?
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