Você já se imaginou surfando altas ondas em um dia e, no outro, subindo um dos vulcões mais ativos da América Central para descer, de sandboard, suas íngremes encostas de areia vulcânica?

Essa é a aventura que o surfista Sunny Pires encara no documentário ‘Sunny in Nicaragua – Conquering a Volcano’. O inusitado de conquistar a densa tarefa de escalar um vulcão – um trajeto de aproximadamente uma hora em caminho quente, pedregoso e com forte nível de inclinação – em plena surftrip não para por aí.

A ideia foi aprovada e bancada por uma comunidade da Web3. Ou seja, teve patrocínio de criptomoeda. Por isso, ao chegar no cume, Sunny, surfista de Búzios considerado uma das promessas da nova geração do surf brasileiro, fincou uma bandeira da Nouns, a comunidade, ou DAO (Organização Descentralizada Autônoma) que financiou o documentário.

Esta não foi a primeira vez que Sunny contou com o apoio da Nouns na sua carreira de surfista.

      Foto: Gustavo Vieira

Surfista Sunny Pires leva bandeira da Nouns em vulcão Cerro Negro na Nicarágua
Sunny Pires na Nicarágua

      Fotos: À esquerda, Richard Dayan. À direita, Gustavo Vieira.

Conquistas e suporte da Web3

Bem antes do vulcão, Sunny tem no surf uma sequência de conquistas expressivas. Tricampeão do Hang Loose Surf Attack em 2016, 2017 e 2018, bicampeão do Rip Curl Grom Search em 2017 e 2018, vice-campeão do tour brasileiro sub-14 em 2018, campeão do Pena Little Monster sub-12 em 2016 e hexacampeão estadual do Rio de Janeiro na categoria sub-18. No último Saquarema Surf Festival, em abril desse ano, Sunny Pires quebrou o recorde histórico no Pro Junior, alcançando um 9,33, a maior nota da categoria.

Apesar disso, não tem sido fácil fechar patrocínios com marcas tradicionais para competir no Brasil e no exterior. Foi nesse contexto que Sunny se tornou o primeiro surfista profissional brasileiro a ser patrocinado por uma comunidade Web3. Nesse modelo pioneiro de financiamento para o esporte, o pagamentos acontecem em criptomoedas (Ethereum ou USDC) através de propostas submetidas à votação na comunidade.

Ou seja, antes do projeto aprovado para o documentário na Nicarágua, Sunny já tinha sido patrocinado pela Nounsbr, que é a comunidade da Nouns no Brasil, para competir em três campeonatos no Brasil em 2022 e passar dois meses no Hawaii em 2023. Isso não só permitiu acesso ao treinamento em ondas de consequência, como também uma expansão da sua rede de contatos.

Sunny Pires surfando na Nicarágua
Sunny Pires em barco na Nicarágua

Fotos: À esquerda, Richard Dayan. À direita, Renato Tinoco.

A conquista da Nicarágua

A surftrip para a Nicarágua rolou em maio desse ano. Sunny embarcou com sua equipe para filmar o documentário, que passa por muito mais do que se pode esperar de uma viagem de surf. Além dos treinos de surf com o pai e treinador, o salva-vidas de Búzios Charles de Oliveira, ele e a equipe fazem uma imersão cultural, ambiental e social.

Coletas de resíduos pela praia de Las Peñitas, aprofundamento e contribuição com os projetos de proteção às tartarugas e de conscientização ambiental às crianças da comunidade local, organizadas pelo Big Foot Hostel, em Leon, também entram no roteiro da viagem.

No fim, eles seguem viagem para finalmente subir as desafiadoras encostas do Vulcão Cerro Negro, de onde, há 16 anos, em 5 de agosto de 1999, data de sua última erupção, a lava alcançava mais de 300 metros de altura, deixando os arredores cobertos de cinzas e fumaça.

Sunny Pires e equipe na Nicaragua durante gravação de documentário
Sunny Pires com bandeira da Nouns em vulcão da Nicarágua

Por que um vulcão?

Fotos: Acima à esquerda, Renato Tinoco. À direita, Gustavo vieira. Ao centro, Richard Dayan.

Sunny Pires e equipe em vulcão na Nicarágua

Foto: Gustavo Vieira

iPara quem se pergunta por que, afinal, um surfista resolveu subir um vulcão, e o que isso tem a ver com o surf ou com sua carreira, há duas respostas.

Uma delas, já podemos entregar aqui: além de treinar em uma onda em que nunca tinha surfado e se preparar para futuras competições, Sunny queria mostrar como a Web3 e suas comunidades são alternativas viáveis para atletas impulsionarem suas carreiras.

Explicando melhor: a Nouns opera com leilões diários. Ao adquirir NFTs, os participantes ganham poder de voto para influenciar projetos da comunidade. Estes recursos arrecadados não vão para os fundadores, mas para um tesouro coletivo gerenciado pela comunidade, financiando projetos tão diversos quanto a distribuição de óculos para crianças carentes nos Estados Unidos ou o documentário de um surfista brasileiro que quer conquistar um vulcão na Nicarágua. Tudo que você precisa para convencer é criatividade e uma proposta bem elaborada. Estes são os critérios utilizados pela comunidade na hora de aprovar projetos.

A segunda mensagem por trás desse projeto, ou o que um vulcão tem a ver com o surf e a carreira de surfistas profissionais, está lá no documentário, no topo do vulcão, na voz do próprio Sunny. Dá o play aqui para curtir essa viagem e saber o que ele queria dizer quando foi até lá.

 

Assista ‘Sunny in Nicaragua – Conquering a Volcano’

Foto: Gustavo Vieira
Você já se imaginou surfando altas ondas em um dia e, no outro, subindo um dos vulcões mais ativos da América Central para descer, de sandboard, suas íngremes encostas de areia vulcânica?

Essa é a aventura que o surfista Sunny Pires encara no documentário ‘Sunny in Nicaragua – Conquering a Volcano’. O inusitado de conquistar a densa tarefa de escalar um vulcão – um trajeto de aproximadamente uma hora em caminho quente, pedregoso e com forte nível de inclinação – em plena surftrip não para por aí.

A ideia foi aprovada e bancada por uma comunidade da Web3. Ou seja, teve patrocínio de criptomoeda. Por isso, ao chegar no cume, Sunny, surfista de Búzios considerado uma das promessas da nova geração do surf brasileiro, fincou uma bandeira da Nouns, a comunidade, ou DAO (Organização Descentralizada Autônoma) que financiou o documentário.

Esta não foi a primeira vez que Sunny contou com o apoio da Nouns na sua carreira de surfista.

Surfista Sunny Pires leva bandeira da Nouns em vulcão Cerro Negro na Nicarágua
Sunny Pires na Nicarágua
Fotos: Acima, Richard Dayan. Abaixo, Gustavo Vieira.

Conquistas e suporte da Web3

Bem antes do vulcão, Sunny tem no surf uma sequência de conquistas expressivas. Tricampeão do Hang Loose Surf Attack em 2016, 2017 e 2018, bicampeão do Rip Curl Grom Search em 2017 e 2018, vice-campeão do tour brasileiro sub-14 em 2018, campeão do Pena Little Monster sub-12 em 2016 e hexacampeão estadual do Rio de Janeiro na categoria sub-18. No último Saquarema Surf Festival, em abril desse ano, Sunny Pires quebrou o recorde histórico no Pro Junior, alcançando um 9,33, a maior nota da categoria.

Apesar disso, não tem sido fácil fechar patrocínios com marcas tradicionais para competir no Brasil e no exterior. Foi nesse contexto que Sunny se tornou o primeiro surfista profissional brasileiro a ser patrocinado por uma comunidade Web3. Nesse modelo pioneiro de financiamento para o esporte, o pagamentos acontecem em criptomoedas (Ethereum ou USDC) através de propostas submetidas à votação na comunidade.

Ou seja, antes do projeto aprovado para o documentário na Nicarágua, Sunny já tinha sido patrocinado pela Nounsbr, que é a comunidade da Nouns no Brasil, para competir em três campeonatos no Brasil em 2022 e passar dois meses no Hawaii em 2023.  Isso não só permitiu acesso ao treinamento em ondas de consequência, como também uma expansão da sua rede de contatos.

Sunny Pires surfando na Nicarágua
Fotos: Acima, Richard Dayan. Abaixo, Renato Tinoco.
Sunny Pires em barco na Nicarágua

A conquista da Nicarágua

A surftrip para a Nicarágua rolou em maio desse ano. Sunny embarcou com sua equipe para filmar o documentário, que passa por muito mais do que se pode esperar de uma viagem de surf. Além dos treinos de surf com o pai e treinador, o salva-vidas de Búzios Charles de Oliveira, ele e a equipe fazem uma imersão cultural, ambiental e social.

Coletas de resíduos pela praia de Las Peñitas, aprofundamento e contribuição com os projetos de proteção às tartarugas e de conscientização ambiental às crianças da comunidade local, organizadas pelo Big Foot Hostel, em Leon, também entram no roteiro da viagem.

No fim, eles seguem viagem para finalmente subir as desafiadoras encostas do Vulcão Cerro Negro, de onde, há 16 anos, em 5 de agosto de 1999, data de sua última erupção, a lava alcançava mais de 300 metros de altura, deixando os arredores cobertos de cinzas e fumaça.

Sunny Pires e equipe na Nicaragua durante gravação de documentário
Sunny Pires com bandeira da Nouns em vulcão da Nicarágua
Fotos: De cima para baixo, Gustavo Vieira, Renato Tinoco e Richard Dayan.

Por que um vulcão?

Sunny Pires e equipe em vulcão na Nicarágua
Foto: Gustavo Vieira
Para quem se pergunta por que, afinal, um surfista resolveu subir um vulcão, e o que isso tem a ver com o surf ou com sua carreira, há duas respostas.

Uma delas, já podemos entregar aqui: além de treinar em uma onda em que nunca tinha surfado e se preparar para futuras competições, Sunny queria mostrar como a Web3 e suas comunidades são alternativas viáveis para atletas impulsionarem suas carreiras.

Explicando melhor: a Nouns opera com leilões diários. Ao adquirir NFTs, os participantes ganham poder de voto para influenciar projetos da comunidade. Estes recursos arrecadados não vão para os fundadores, mas para um tesouro coletivo gerenciado pela comunidade, financiando projetos tão diversos quanto a distribuição de óculos para crianças carentes nos Estados Unidos ou o documentário de um surfista brasileiro que quer conquistar um vulcão na Nicarágua. Tudo que você precisa para convencer é criatividade e uma proposta bem elaborada. Estes são os critérios utilizados pela comunidade na hora de aprovar projetos.

A segunda mensagem por trás desse projeto, ou o que um vulcão tem a ver com o surf e a carreira de surfistas profissionais, está lá no documentário, no topo do vulcão, na voz do próprio Sunny. Dá o play aqui para curtir essa viagem e saber o que ele queria dizer quando foi até lá.

Assista ‘Sunny na Nicaragua – Conquering a Volcano’