série eco

Swell chegou: a Kombi do mel está passando na sua praia

Poderia ser uma metáfora, mas não é: esta é uma história que começou de forma orgânica

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Cauê Atique, formado engenheiro ambiental, estava descontente com a área. Nas empresas, enxergava pouca gente preocupada de fato com o meio ambiente e mais gente preocupada com business. Muita coisa passando por debaixo dos panos, se é que me entendem. Cauê, trabalhando em uma grande empresa e se vendo incoerente com seus propósitos, adoeceu.

Uma inflamação quase o deixou sem os movimentos do lado esquerdo do corpo. Foi a gota d’água para deixar o ambiente corporativo e trabalhar no sítio de um amigo

Queria estar no meio do mato. E já que era pau pra toda obra, entrou numa missão inusitada: o resgate de uma colmeia que estava dentro de um cupinzeiro.

Foi encanto ao primeiro resgate. A colmeia, toda aquela estrutura, a necessidade de reconstruí-la em outro lugar, na casinha, transferir os favos. Curioso e determinado que é, começou a estudar e aprofundar o aprendizado na função destas importantes polinizadoras.

Foi assim que percebeu ao tamanho da necessidade. É preciso um resgate mais consciente das colmeias e uma modernização no trato dessa questão que, em geral, costuma ser tratada caseiramente com fogo, água e toda sorte de exterminação de uma espécie da qual dependemos tanto.

Mais tarde, quando encontrou Mari Sobral, que vinha da área de fotografia e produção de moda, viu os negócios tomando uma forma mais humanizada e comunicativa. Assim, ela foi se envolvendo cada vez mais, inclusive no resgate das abelhas.

Mais tarde, quando encontrou Mari Sobral, que vinha da área de fotografia e produção de moda, viu os negócios tomando uma forma mais humanizada e comunicativa. Assim, ela foi se envolvendo cada vez mais, inclusive no resgate das abelhas.

Os dois fizeram juntos um curso de apicultura. Depois fecharam parceria para ter uma área onde pudessem continuar no manejo e cuidado das colmeias resgatadas, e então perceberam: uma hora isso vai dar mel!

Ali estava um ambiente propício para a produção, mas tudo mudava. Lidar com serviço é uma coisa, com produto é outra. Na época viviam fazendo bate-volta pra surfar nas praias do litoral paulista e uma loja física acabaria a liberdade. Na brisa das possibilidades, eis que passa pelo feed o post de uma kombi preta à venda. Estava ali a resposta. Na imagem, Mari já enxergou a kombi até com umas listras amarelas e fizeram logo o batismo. "Vai ser Kombelinha. Ela já tinha nome, já tinha tudo antes mesmo de ser nossa.”

Em 2021 se mudaram de Jundiaí para Caraguatatuba.

"Hoje a gente tem uma base aqui em Caraguá, onde meu filho estuda. Eu cresci vindo pra cá, é a casa dos meus avós e a gente tem a base aqui, mas entrega no litoral norte inteiro. A gente vai seguindo as ondas e levando os produtos.”

A ideia, conta Mari, é um dia morar na Kombi, que há poucos dias passou por uma reforma para comportar Guga, o “filhote” :) Quando as viagens começaram, ele tinha 8 anos, agora já tem 12 e já não cabe mais na cama de antes.

E assim, fazendo o serviço de resgate consciente de colmeias para garantir um ambiente mais harmonioso entre humanos e abelhas, entregando mel por onde passam e indo atrás do swell, a família segue polinizando amor e doçura pelo mundo.

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Fotos: Kombelhinha

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