Não é somente na performance em ondas que o Brasil se destaca mundialmente no surf. Alguns surfistas usaram sua paixão para desenvolver verdadeiras soluções que fizeram o surf evoluir mundialmente.
Por isso, se você quer motivos para se orgulhar do surf brasileiro para além dos nossos campeões nas ondas, conheça três grandes invenções brasileiras que caíram nas graças dos gringos.
Testes dos irmãos Fuad, Wady e Elias Mansur entre as décadas de 70 e 80 resultaram na fórmula guardada até hoje como segredo da família e considerada a melhor parafina do mundo.
Quando caiu no mar gelado com ela pela primeira vez, a aderência e segurança sobre a prancha foram tantas, que Fuad saiu da água com hipotermia, desmaiou e foi direto para o hospital.
Década depois, quando Kelly Slater declarou sua preferência pela Fu Wax, fez a parafina produzida no Guarujá, litoral paulista, ser procurada nas praias do mundo todo.
O sistema de notas e webcasts usado pela World Surf League hoje surgiu em 1984, com a solução criada por Mano Ziul e Celso Alves, dois surfistas de Niterói.
Na época, o sistema agilizou a soma das notas nos campeonatos de surf, até então feita à mão sobre pranchetas a partir de cálculos de cabeça ou na calculadora manual.
O original sistema Beach Byte ganhou colaboradores e evoluiu com a própria computação. É até hoje o sistema usado pela WSL no julgamento e transmissão dos campeonatos de surf pelo mundo todo.
Em 94, o shaper Luciano Leão desenvolveu o software Digital Surfboard Design para reproduzir com agilidade e precisão os designs de suas pranchas de surf.
O DSD revolucionou a produção de pranchas no mundo, permitindo a usinagem de blocos a partir de um modelo criado na tela do computador.
Outros softwares surgiram depois disso para concorrer com o DSD, que é até hoje o sistema usado por muitos dos shapers mais reconhecidos no mundo.