saúde no surf
Surfista sofre acidente grave em Pipeline, no Hawaii, e a discussão sobre segurança retorna
Makai McNamara sofreu um acidente grave em Pipeline em fevereiro de 2025 e saiu da água inconsciente, carregado por outros surfistas. Surfista profissional e local do North Shore, Makai bateu a cabeça na bancada. Makai ficou um tempo em coma induzido. O acidente reacendeu a discussão sobre lesões na cabeça em surfistas.
De acordo com estudos, 34% das lesões sofridas por surfistas são na cabeça e pescoço. O tipo mais comum são as lacerações (39,1%), seguido de contusões (13,5%) e fraturas (8,8%).
Em média, surfistas sofrem entre 0,74 e 1,79 lesões a cada mil horas de surf e essa margem aumenta entre surfistas profissionais.
Ou seja, cortes na cabeça e pescoço são mais comuns e geralmente são causados pela própria prancha ou pela prancha de outro surfista. Os dados são do artigo "Surfing Injuries: A Review for the Orthopaedic Surgeon”, publicado pelo Journal of Bone and Joint Surgery.
Uma pancada forte na cabeça pode levar a perda de consciência e evoluir rapidamente para um afogamento. Cada minuto passa a ser crucial nesse tipo de acidente dentro do mar.
Apesar de ocorrerem com menos frequência, traumatismos cranianos são lesões de alta gravidade e trazem consequências agudas.
Além de ter que lutar pela vida na zona de arrebentação, o surfista que passa por um acidente como esse pode sofrer com impactos a longo prazo na saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e mudanças de personalidade. A reabilitação psicológica é uma parte importante do tratamento em casos de lesão cerebral.
Mais tarde, quando encontrou Mari Sobral, que vinha da área de fotografia e produção de moda, viu os negócios tomando uma forma mais humanizada e comunicativa. Assim, ela foi se envolvendo cada vez mais, inclusive no resgate das abelhas.
Dependendo da gravidade, a reabilitação pode incluir fisioterapia e terapia cognitiva para tratar déficits de memória ou concentração. Surfistas profissionais como Owen Wright e João Chianca já sofreram lesões na cabeça e passaram por longos processos de reabilitação até voltarem ao esporte em alta performance.
Uma medida de segurança que vem sendo cada vez mais adotada entre profissionais é o uso do capacete em ondas de alto risco, como Pipeline. Além disso, usar leash é recomendado, tanto no surf competição quanto no recreativo em qualquer condição de mar.
Os capacetes para surfistas existem desde 1989, mas apesar de um período de popularidade na década de 1990 eles andavam esquecidos. Nos últimos anos tem rolado uma bem-vinda normalização do uso do capacete entre surfistas profissionais e diversas marcas vêm criando designs novos do equipamento.