Você sabia que a relação entre o surf e os reality shows começaram muitas décadas antes da participação de Pedro Scooby no BBB22?
Muita gente critica a participação de surfistas em reality shows. Para uma parcela conservadora, a participação em programas nesse formato vai contra o que consideram a “essência do surf”.
Preconceitos à parte, a realidade é que o formato televisivo baseado na simulação da vida real em determinadas condições sempre fez parte do surf como entretenimento.
Todo o histórico que vincula o surf ao formato de reality prova que nada disso deveria ser novidade, como você vê a seguir:
De filmes clássicos, como Endless Summer, a programas mais modernos, como Mundo Medina, retratar rotinas de surfistas e suas buscas pelas melhores ondas sempre ditou a regra na mídia de surf.
E desde o início dos anos 2000 também surgiram reality shows com a temática específica do surf e dentro de ambientes considerados core do esporte.
Em 2003, "Boarding House: North Shore" reunia 7 surfistas, incluindo o lendário Sunny Garcia, vivendo na mesma casa enquanto competiam pela Triple Crown, um dos mais tradicionais eventos de surf.
No Brasil, Flávio Nakagima foi duramente criticado dentro do mundo do surf ao integrar o elenco do reality da MTV "De Férias com o Ex "em 2019. Dois anos depois, voltou ao mesmo programa.
Em 2021, a WSL, que promove o Circuito Mundial de Surf, lançou o "The Ultimate Surfer", com 14 surfistas disputando provas, tendo o Surf Ranch como cenário e Kelly Slater como apresentador.
No mesmo ano, o Canal Off lançou "O Próximo Brazilian Storm", que prometia revelar os novos nomes do surf brasileiro. O elenco, com 12 surfistas, se dividiu em grupos liderados por dois atletas do CT.
Apesar da resistência de alguns praticantes, isso mostra que a imagem do surf sempre esteve atrelada aos formatos que simulam a realidade. E tudo indica que continuará sendo assim…